Neste guia, explicamos-te cada detalhe para que possas comparar propostas com confiança e encontrar as condições mais vantajosas.
O que analisar num crédito habitação?
Escolher um crédito habitação vai além do valor da prestação mensal. Aqui estão os principais pontos que deves avaliar:
Montante financiado – o banco não costuma financiar 100% do valor do imóvel, sendo o máximo habitual 90%.
Prazo do crédito – um prazo mais longo reduz a prestação, mas aumenta os juros pagos no total.
Taxa de juro – pode ser fixa, variável (indexada à Euribor) ou mista. Analisa qual a mais adequada ao teu perfil.
Produtos associados – como seguros de vida e multirriscos, que influenciam os custos totais.
Como analisar uma proposta?
Ao receber propostas de crédito, compara-as cuidadosamente:
TAEG (Taxa Anual Efetiva Global) – inclui todos os custos do crédito (juros, comissões e seguros).
MTIC (Montante Total Imputado ao Consumidor) – indica quanto irás pagar no total pelo crédito.
Mensalidade – considera se a prestação é compatível com o teu orçamento mensal.
Flexibilidade – confirma se há opções de amortização antecipada sem custos.
Tem o cuidado de verificar se as propostas incluem a aquisição de outros produtos e os respetivos custos.
Para saberes mais sobre como escolher o melhor banco para crédito habitação, vê a Rita ajuda-te abaixo:
Não decidas apenas com base no spread – avalia o impacto da TAEG no custo global.
Como ler uma FINE?
A Ficha de Informação Normalizada Europeia (FINE) é um documento obrigatório que resume as condições do crédito. Presta atenção aos seguintes elementos:
Identificação do crédito – tipo, montante e prazo.
Taxas de juro – incluindo spread, indexante e TAEG.
Comissões e encargos – custos de abertura, gestão ou liquidação antecipada.
Condições associadas – produtos adicionais exigidos pelo banco.
A FINE é regulamentada pelo Banco de Portugal para garantir a transparência nas informações fornecidas aos consumidores.
Spread ou TAEG: Qual a mais importante?
Embora o spread seja um indicador muito mencionado, a TAEG é a medida mais relevante porque engloba:
Taxas de juro;
Comissões bancárias;
Custos com seguros e outros produtos associados.
Por exemplo, um crédito com spread baixo mas com seguros caros pode ter uma TAEG elevada. Logo, escolhe a opção com a menor TAEG para reduzir os custos totais.
Outros pontos importantes a considerar
Taxa fixa, variável ou mista?
A taxa fixa garante prestações constantes, ideal para quem quer estabilidade. Já a taxa variável depende da Euribor, podendo resultar em prestações mais baixas, mas também em maior risco. Por último, a taxa mista combina um período inicial de taxa fixa seguido de taxa variável, oferecendo um equilíbrio entre estabilidade e flexibilidade.
Amortização antecipada
Sabe se existem penalizações para amortizar o crédito antes do prazo e como isso pode impactar as tuas finanças. Podes solicitar ao banco simulações de como o prazo afeta os custos totais.
Seguros obrigatórios
Consulta os custos e as coberturas dos seguros de vida e multirriscos exigidos. Estes encargos podem ser contratados fora do banco para poupar.
Analisar uma simulação de crédito com atenção é o primeiro passo para garantires as melhores condições para o teu préstimo. Usa plataformas como o ComparaJá para comparar ofertas e lembra-te de considerar a TAEG, o MTIC e os produtos associados antes de tomares uma decisão.
Se tens dúvidas ou queres ajuda personalizada, estamos aqui para apoiar na escolha do crédito ideal para a tua situação.