Antes de contratar qualquer tipo de serviço de energia, é importante consultar as diferentes tarifas de luz e gás existentes no mercado, tentando escolher a que melhor se enquadra ao consumo do teu imóvel (ou empresa). Independentemente da tua escolha tarifária, a mudança de pequenos hábitos de consumo pode traduzir-se em poupanças significativas na fatura da eletricidade. Até ao momento, o consumidor particular tem acesso a três tipos de tarifas.
Tarifa simples: o preço da energia elétrica é igual em qualquer hora do dia.
Tarifa bi-horária: existem dois preços distintos para dois períodos de consumo. No período das horas de Vazio, o custo da energia é mais baixo. Já no período das horas Fora de Vazio, o custo de eletricidade é mais elevado.
Tarifa tri-horária: é semelhante à tarifa anterior, no entanto, oferece três horários de consumo com preços diferenciados. Nas horas de vazio, o consumo de eletricidade é mais barato. Relativamente às horas cheias, o custo da energia tem um preço intermédio e, finalmente, nas horas de ponta, o preço da eletricidade é mais caro.
Os preços de cada período horário variam consoante a procura de energia elétrica do mercado nacional. Assim sendo, o horário de vazio diz respeito aos horários cuja procura de energia é mais baixa e o período de ponta corresponde a horários cuja procura de energia é mais elevada.
Os períodos horários distinguem-se em dois ciclos: o ciclo semanal e o ciclo diário. No primeiro, existe a diferenciação entre dias úteis e fins de semana. No segundo, os períodos horários são os mesmos para todos os dias do ano. Importa salientar que existem outras diferenças entre os dois ciclos, nomeadamente:
No ciclo diário contabilizam-se 70 horas de vazio, que são distribuídas de igual modo para os sete dias da semana e incluem 7 horas por dia no período noturno;
No ciclo semanal contemplam-se 76 horas de vazio, sendo que o período de vazio no horário noturno é mais reduzido. A maioria das horas de vazio ocorrem durante sábado à tarde e todo o dia de domingo.
No ciclo semanal contemplam-se 76 horas de vazio, sendo que o período de vazio no horário noturno é mais reduzido. A maioria das horas de vazio ocorrem durante sábado à tarde e todo o dia de domingo.
Ora, o ciclo diário será mais vantajoso para quem tenha um consumo de energia homogéneo durante a semana. Já o ciclo semanal poderá ser mais económico para quem consome eletricidade com maior intensidade aos fins de semana.
No que ao gás natural diz respeito, o preço provém de um conjunto de tarifas resultantes da aquisição, transporte, distribuição do produto. Em alguns concelhos, acrescenta-se ainda uma taxa de ocupação de subsolo. As tarifas gás natural, por sua vez, são compostas por dois termos com preços distintos:
Termo fixo: preço a pagar, em euros, é fixo por cada dia do mês em que o fornecimento esteve ativo que equivale ao escalão do consumo declarado;
Termo de energia: cada kWh consumido tem um preço, cujo valor corresponde a grande parte do montante final da fatura.
Importa salientar que a fatura final do gás natural pode variar consoante o consumidor se encontre no mercado regulado ou no mercado liberalizado. Daí ser fundamental analisar os seus hábitos de consumo bem como o tipo de equipamentos que utiliza para poder escolher a melhor solução para si.
Quando chega o momento de escolher o fornecedor de luz e gás para a sua casa ou empresa, deverás saber a que horas e dias costumas consumir mais energia. No caso de um imóvel, o consumidor deverá ter em conta o tamanho do mesmo, quantas pessoas vivem nesse local, bem como a quantidade de eletrodomésticos que utiliza na sua casa. Tendo em conta estes aspetos, será mais fácil escolher a melhor tarifa para ti e, por consequência, obter uma maior poupança na sua fatura de energia.
Depois de perceber qual o tipo de consumo que tem no teu imóvel, deverás comparar as várias tarifas gás natural e luz que existem no mercado energético, com base nos seguintes fatores:
Preço do kWh da luz e do gás;
Preço do termo de potência ou escalão;
Promoções e descontos aplicados.
Importa salientar que ter acesso a descontos ou promoções não significa, necessariamente, que a tarifa é mais acessível. Além disso, é necessário alertar que no caso de ter um baixo consumo, deves dar mais atenção ao termo de potência. Se, porventura, o consumo for elevado deves dar mais importância ao preço do kWh (que corresponde à unidade utilizada para medir a quantidade de energia necessária para que um eletrodoméstico funcione durante uma hora).
Posto isto, deverás atender à qualidade do serviço e às condições do contrato referentes a uma tarifa de luz e gás. Ao analisar o contrato de energia, deves dar uma maior atenção aos seguintes aspetos:
A tarifa contém um período de fidelização?;
A tarifa obriga a contratar serviços técnicos adicionais?;
A tarifa obriga a contratar serviços técnicos adicionais?.
O fornecedor disponibiliza um serviço de atendimento ao cliente personalizado?
É fornecido um serviço de emergência 24 horas?
A tarifa inclui deslocamento ao imóvel sem custos adicionais?
O preço da tarifa inclui eventuais reparações de avarias da instalação?
A potência elétrica constitui um dos fatores que influencia o preço final da sua fatura de energia. Ora, ao garantir que tem uma potência contratada adequada à sua casa beneficiará de um conjunto de vantagens, entre as quais: poupanças nas faturas da luz e gás; menos ocorrências com o disjuntor da luz; e a sustentabilidade do meio ambiente.
Para consumo doméstico, normalmente é aconselhada uma potência de baixa tensão, que varia entre os 1,15 kVA e os 45 kVA. Além desta, existem ainda as potências de média (recomendadas para indústrias) e alta tensão (destinadas a grandes hospitais, por exemplo). Assim sendo, quanto maior for a tensão da potência contratada, mais elevado será o montante a pagar.
Para saber qual a potência de energia que devees contratar, deverás ter em atenção ao tempo que costumas passar em casa, à quantidade de eletrodomésticos e se costumas utiliza-los em simultâneo. Outro aspeto a considerar é a classe energética dos seus aparelhos, na medida em que quanto melhor for a classe energética, menor o consumo e, por conseguinte, maior a poupança.
Dependendo das tarifas que os fornecedores de energia disponibilizam, existem várias potências que o consumidor pode contratar. Posto isto, analise todos os aspetos supramencionados e, de seguida, compara a oferta das comercializadoras para conseguires um serviço mais adequado às tuas necessidades. É de salientar que os kVA correspondem à potência aparente e os kW à potência utilizada.
Se estás a pensar em vender ou comprar um imóvel é obrigatório que este tenha um certificado energético. Desde dezembro de 2013, todos os proprietários de edifícios novos ou usados, têm de emitir um documento que demonstre o desempenho energético desse local numa escala de A+ a F. Além da classificação, são ainda recomendadas medidas de melhoria.
Este documento é emitido por um técnico autorizado da Agência para a Energia (ADENE) e deve ser celebrado no momento da formalização do contrato de compra e venda, locação financeira ou em caso de arrendamento.