Se estás a pensar comprar casa, sabes que precisas de uma entrada inicial para o crédito habitação. Mas quanto tens realmente de pagar? Neste artigo, explicamos tudo sobre a entrada inicial, desde os valores mínimos exigidos aos benefícios de dar mais dinheiro de entrada. Além disso, esclarecemos as exceções, dicas para poupares e evitarmos erros comuns. Continua a ler e descobre tudo o que precisas de saber antes de dares este grande passo!
Entrada inicial: o que é e porque preciso dela?
A entrada inicial é o montante que tens de pagar do teu bolso na compra de uma casa. Basicamente, é a parte que o banco não financia e que terás de suportar com capitais próprios.
Ou seja, se quiseres comprar um imóvel de 200.000 euros, mas o banco apenas financiar 90% desse valor, terás de ter 20.000 euros para a entrada inicial.
Tenho de pagar mais que a entrada inicial?
A entrada inicial não é o único custo associado à compra de um imóvel. Além deste valor, deves considerar:
IMT (Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis)
Escritura e registos
Comissão bancária de abertura do crédito
Possível custo da avaliação do imóvel
É essencial ter estes valores em mente para evitares surpresas desagradáveis na compra da tua casa.
Porque é que os bancos exigem entrada inicial?
A entrada inicial tem várias funções cruciais:
Reduzir o montante financiado — Quanto maior a entrada, menor o valor do empréstimo.
Diminuir o custo total do crédito — Menos dívida significa menos juros pagos ao longo dos anos.
Aumentar a tua capacidade negocial — Uma entrada maior pode dar-te margem para conseguir um spread mais baixo.
Diminuir a taxa de esforço — O valor das prestações mensais será inferior, tornando o crédito mais sustentável.
Em resumo, quanto maior a entrada inicial, melhores serão as tuas condições de crédito.
Qual é o valor certo para a entrada inicial?
O Banco de Portugal estabelece regras claras sobre os limites de financiamento. A regra geral é:
Primeira habitação — Mínimo de 10% do valor do imóvel.
Segunda habitação ou investimento — Mínimo de 20% do valor do imóvel.
A entrada mínima obrigatória depende do tipo de imóvel e da tua situação financeira. Mas pode ser benéfico dar uma entrada maior que a mínima, em certos casos.
Querendo comprar um apartamento por 250.000 euros, o valor da entrada seria:
Primeira habitação (90% financiamento) —25.000 euros;
Casa para arrendamento/investimento (80% financiamento) — 50.000 euros.
Como garantir uma entrada maior?
Se queres dar uma entrada maior para obter melhores condições, algumas estratégias incluem:
Criar um plano de poupança dedicado;
Aproveitar um PPR (Plano Poupança Reforma);
Reavaliar despesas para aumentar a taxa de poupança mensal.
Posso contornar o valor da entrada inicial?
Sim, mas com restrições. Existem algumas formas de reduzir ou mesmo eliminar a necessidade de uma entrada inicial elevada.
1. Garantia Pública na Compra da 1ª Habitação
O Governo português lançou uma medida que permite que jovens entre os 18 e os 35 anos possam obter um crédito habitação com financiamento até 100% do valor do imóvel. O Estado atua como fiador, garantindo até 15% do valor da transação do imóvel, cobrindo assim a parte que tradicionalmente não é financiada pelos bancos.
Esta medida está em vigor até 31 de dezembro de 2026.
2. Imóveis de bancos
Alguns bancos têm campanhas especiais para imóveis próprios, oferecendo financiamento até 100% do valor do imóvel. Nestes casos, a entrada inicial pode ser muito reduzida ou até inexistente. No entanto, deves verificar bem as condições do crédito, pois podem incluir taxas de juro mais altas ou exigências adicionais.
3. Hipoteca de outro imóvel
Se já tens um imóvel sem (ou com pouca) dívida associada, podes oferecê-lo como garantia ao banco, permitindo um financiamento superior a 90%. Isso reduz ou até elimina a necessidade de entrada inicial, mas implica um maior risco, pois, em caso de incumprimento, podes perder ambos os imóveis.
4. Apoio de familiares
Se tiveres essa possibilidade, podes contar com um empréstimo ou doação de familiares para cobrir a entrada inicial. Alguns pais optam por ajudar os filhos a comprar casa, seja através de um donativo ou concedendo um empréstimo sem juros.
Mesmo que encontres uma solução para reduzir ou eliminar a entrada inicial, deves garantir que a prestação mensal do crédito habitação e quaisquer outras dívidas associadas não ultrapassem os teus limites de taxa de esforço (idealmente até 30% do teu rendimento mensal).
Se quiseres explorar estas opções e perceber qual é a melhor para o teu caso, podes comparar diferentes ofertas no ComparaJá e simular diferentes cenários!
Vale a pena dar mais entrada inicial?
Se conseguires dar mais do que 10%, tens várias vantagens:
Menos dívida — pagas menos juros ao longo do prazo do crédito.
Melhores condições bancárias — podes conseguir um spread mais baixo.
Menos encargos mensais — prestação mais reduzida e mais folga financeira.
Maior rapidez no pagamento do crédito — podes amortizar mais cedo e reduzir os encargos com juros.
Erros a evitar na entrada inicial
Subestimar outros custos: para além da entrada, há impostos e taxas obrigatórias que tens de pagar ao comprar casa.
Não comparar ofertas: nem todos os bancos financiam da mesma forma.
Comprometer toda a poupança: ter uma reserva financeira para emergências é essencial.
Como juntar dinheiro para a entrada inicial mais rapidamente?
Começa a poupar cedo: ter um plano de poupança dedicado ao crédito habitação pode ser uma boa estratégia.
Usa simuladores de crédito: no ComparaJá, podes comparar diferentes bancos e encontrar a melhor solução para ti.
Apresenta as melhores condições aos bancos: um bom historial financeiro pode ajudar-te a obter melhores condições.
Perguntas frequentes
Compensa comprar uma casa mais barata para conseguir dar uma entrada maior?
Essa pode ser uma boa estratégia, se estiver ao teu alcance. Ao comprar uma casa mais barata, mesmo que teoricamente tenhas capacidade para uma mais cara, podes dar uma entrada maior e reduzir o montante financiado. Isto pode resultar em juros mais baixos e prestações mais reduzidas.
O que fazer se não tiver dinheiro suficiente para a entrada inicial?
Se não tens poupança suficiente, considera:
Adiar a compra e poupar mais algum tempo;
Verificar se há campanhas de financiamento que ofereçam melhores condições;
Procurar alternativas, como apoio de familiares.
Comprar casa em nome de empresa tem regras diferentes?
Sim! Para empresas, os bancos analisam o histórico financeiro da entidade, exigem um plano de negócio detalhado e, muitas vezes, requerem uma entrada inicial maior.
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