Segundo os dados mais recentes do Banco de Portugal, jovens até aos 35 anos lideram contratação de crédito à habitação. Este aumento revela um crescente interesse da geração mais nova em adquirir habitação própria permanente, mesmo com os desafios económicos e os critérios rigorosos para obter crédito.
Esta tendência surge derivada das novas medidas impostas pelo Governo para facilitar o acesso dos mais jovens ao mercado de habitação, como:
Isenção de IMT jovem (que isenta total ou parcialmente);
Isenção do imposto de selo;
Garantia pública no crédito à habitação.
Os especialistas estimam que, em 2025, a procura de crédito à habitação por jovens continuará a crescer, sobretudo devido à implementação da medida do 100% financiamento. No entanto, destacam a necessidade de soluções que garantam um equilíbrio entre o acesso a casas a preços justos e a estabilidade financeira das famílias.
90 mil contratos de crédito à habitação em 2024: jovens e estrangeiros ganham destaque
Em 2024, foram assinados 90 mil contratos de crédito à habitação própria permanente, envolvendo 138 mil pessoas – um crescimento de 32% face a 2023.
Metade destes contratos teve um valor igual ou inferior a 130 mil euros, enquanto apenas 5% ultrapassaram os 300 mil euros. A maioria dos mutuários (80%) trabalha por conta de outrem e 53% tem formação superior. Quanto à localização, 22% vivem na Grande Lisboa e 18% na Área Metropolitana do Porto.
Já no segmento de "outro crédito à habitação" – que inclui compras para arrendamento, segundas habitações e terrenos –, 30% dos devedores são estrangeiros, principalmente do Brasil, Estados Unidos e Angola. No entanto, considerando apenas aqueles que vivem fora de Portugal, esse número baixa para 23%.
Comprar casa: comparar é a chave para poupar
Estes números mostram que o crédito à habitação continua a ser uma solução para muitos portugueses – especialmente os mais jovens –, mas também para estrangeiros que investem no mercado imobiliário nacional. Com novas medidas de apoio e uma maior procura, é essencial encontrar um equilíbrio entre acesso à habitação e sustentabilidade financeira.
Se estás a pensar comprar casa, lembra-te: comparar as condições dos bancos pode fazer toda a diferença para conseguires a melhor taxa e evitar apertos no orçamento.