O trabalho remoto tornou-se uma realidade para muitas pessoas nos dias de hoje. Com a crescente necessidade de se estar sempre conectado, as despesas associadas a telecomunicações podem rapidamente aumentar. No entanto, existem várias estratégias que quem trabalha remotamente pode adotar para reduzir esses custos sem comprometer a eficiência e a qualidade da comunicação. Sabe tudo neste artigo da Coverflex!
Acordo com a entidade empregadora
Para quem tem a possibilidade de trabalhar a partir de casa mas pertence a uma empresa, sabe que está definido no Código do Trabalho desde janeiro de 2022 que é obrigatoriamente responsabilidade da entidade empregadora o pagamento das despesas de eletricidade e internet para a realização do teletrabalho. O valor pago é fixo e deve estar previsto no contrato de trabalho. Caso não haja acordo entre colaborador e empregador, o cálculo das despesas adicionais – nomeadamente de aumento do consumo de energia e/ou ajuste das condições e velocidade de internet – é feito por comparação com os gastos do último mês em regime presencial.
Por exemplo, se o regime de teletrabalho se iniciar no mês de maio, a compensação corresponde à diferença relativamente à faturação do mês de abril, podendo as faturas estar em nome do colaborador ou de outro membro do agregado familiar. No entanto, este deve comprovar que o acréscimo destas despesas está diretamente relacionado com a sua atividade laboral.
De acordo com a lei, cabe também ao empregador o pagamento de todos os equipamentos e sistemas necessários ao desempenho de funções do colaborador, bem como a sua manutenção e reparação. Isto não significa, contudo, que tenha necessariamente de ser a empresa a fornecer os equipamentos. Podem ser adquiridos pelo colaborador, que, posteriormente, apresenta a fatura.
Neste sentido, um dos benefícios facilitados pela Coverflex é o reembolso de despesas com equipamento tecnológico. Caso a empresa escolha ativar este benefício, os colaboradores podem também comprar produtos Apple com descontos até 10% e sem IVA diretamente na aplicação.
No caso de trabalhadores independentes, não havendo entidade patronal responsável pelas despesas, o ónus da poupança recai sobre os mesmos. Para esses casos, apresentamos as seguintes dicas:
1. Compara preços e condições
Antes de aderir a um pacote de telecomunicações ou aquando do fim do contrato de fidelização que tenhas em vigor, um primeiro passo para a poupança passa por conhecer todas as ofertas disponíveis, preços e condições das várias operadoras. Para isto, podes recorrer à ajuda do ComparaJá, que te apresenta, de forma gratuita, a comparação dos pacotes de televisão, internet e voz existentes no mercado.
2. Atenção às ofertas de adesão e promoções
Escolhida a operadora, é importante ter atenção às ofertas de adesão e promoções. Podem ser bastante vantajosas, mas geralmente são também temporárias e, no fim desse período, acabas a pagar mais ou pagar por extras que começaram por ser gratuitos. O aconselhável aqui é ler sempre as “letras pequenas” e estar bem ciente das condições e prazos de descontos e promoções.
3. Analisa o teu consumo
É fundamental conhecer os teus consumos para teres a certeza de que aquilo por que pagas corresponde realmente às tuas necessidades.
Adquiriste um pacote de TV, Net e Voz com base, sobretudo, na velocidade da internet para trabalhar, mas o pacote inclui também canais de televisão ou serviços de streaming que nem sequer tens tempo ou interesse em ver? É um gasto adicional que pode ser cortado. Talvez faça sentido que o serviço contratado seja apenas de internet, se é o único que utilizas.
Ou, no caso do telemóvel, por exemplo, analisa se o teu plafond de dados móveis não está nem demasiado acima do que usas – podes estar a pagar mais desnecessariamente – nem demasiado abaixo do que necessitas – podes estar constantemente a comprar extras que, feitas as contas, saem mais caros do que mudar para um tarifário com um plafond maior.
4. Tudo num pacote ou separado?
Aqui é tudo uma questão de pôr em prática os dois pontos anteriores: analisar o teu consumo e comparar as ofertas do mercado.
Pode ser vantajoso ter os serviços – televisão, internet, telefone fixo e telemóvel – num mesmo pacote e pagar uma única fatura. Ou, pelo contrário, pode ser mais benéfico separar os serviços. Se uma operadora te oferece melhores condições pelos serviços de casa, mas a oferta de telemóvel é mais apelativa noutra e a soma final é inferior à de um pacote com tudo, porque não ter as duas separadamente? Existem soluções bastante competitivas no mercado, sobretudo ao nível do serviço móvel, que nem sequer têm período de fidelização.
5. Negocia com a tua operadora
Uma ferramenta essencial para reduzir o que pagas é a negociação. E isto é válido para vários momentos: o de contratação, o fim de contrato, ou mesmo os momentos durante o período de fidelização. Sim, podes tentar melhorar as tuas condições mesmo com um período de fidelização em vigor.
Procura negociar com a tua operadora a eliminação de serviços que não utilizas, de modo a tornar o teu pacote mais ajustado à tua realidade. Há ainda a possibilidade de rescisão de contrato sem penalizações, como, por exemplo, se emigrares ou mudares de morada, ou se houver um incumprimento contratual – quando a operadora não assegura parte ou a totalidade dos serviços contratados ou quando os clientes são afetados por aumentos de tarifário sem aviso desse aumento e da possibilidade de rescisão sem custos.
Independentemente do contrato de telecomunicações que tenhas, deves estar atento às faturas todos os meses para garantir que está tudo correto. Se detetares que não está ou se te suscitar alguma dúvida, deves contactar o apoio ao cliente da tua operadora.
6. Desliga os dispositivos da tomada quando não estão a ser utilizados
Esta não é diretamente uma poupança na fatura de telecomunicações, mas sabias que, segundo a Comissão Europeia, a energia gasta quando deixas os aparelhos em standby corresponde a 10% da fatura elétrica doméstica? Um desktop, televisão ou box que não estejam a ser utilizados mas estejam em standby estão a desperdiçar não só energia como dinheiro. Lembra-te também de retirar da tomada os carregadores do portátil e do telemóvel quando as baterias estão cheias. É um pequeno gesto que pode representar uma poupança de mais de 20 euros por ano.
7. Espaços de coworking compensam?
A grande vantagem do trabalho remoto é que pode ser realizado em qualquer sítio do mundo, bastando apenas ter uma boa ligação à internet. Por diversos motivos pessoais ou familiares, podes chegar à conclusão de que não te é tão vantajoso trabalhar em casa. Pode ser mais agradável trabalhar em esplanadas, por exemplo – embora talvez não seja uma solução viável a longo prazo. Ou podes optar por espaços de coworking, seja esporádica ou regularmente. Por um pagamento mensal, estes espaços oferecem diversos serviços e vantagens, entre os quais ligação à internet para trabalhar. Informa-te sobre os espaços disponíveis na tua zona de residência, as respetivas condições e preços, e faz as contas para saber se compensa mais ou não do que trabalhar a partir de casa.