Comparaste as ofertas das diferentes operadoras e concluíste que queres mudar, mas não sabes o que vai acontecer com a fibra ótica instalada: vão mudar os cabos? Vão esburacar a casa? É um processo demorado? Esclarecemos-te todas estas questões neste artigo.
O que é a fibra ótica?
Em termos gerais, todos sabemos o que é que a fibra ótica representa. Chegou para revolucionar a nossa experiência de televisão e internet, primando pela rapidez e qualidade em comparação com o que se verificava no passado. O cabo de fibra consiste num fio extremamente fino, de vidro ou de plástico, que permite maior rapidez e eficácia na transmissão de sinal, desde uma ponta do cabo até à outra.
Assim, a fibra ótica oferece maior qualidade nos serviços prestados e, quando comparada com outras tecnologias, a relação qualidade-preço é bastante superior. Se queres mudar de operadora, percebe quais as tuas necessidades e encontra um pacote de telecomunicações à tua medida.
Como é feita a ligação dos cabos de fibra ótica?
Apesar de mais de 90% das casas portuguesas estarem preparadas para receber fibra ótica, a instalação é um processo que está ainda a decorrer, uma vez que é feita por zonas do país e, por vezes, encontra-se limitada às propriedades logísticas dessas mesmas áreas.
O que geralmente acontece é que as operadoras instalam Pontos de Distribuição (PD) em postes de eletricidade de rua. No caso da fibra ótica, estes pontos de distribuição são comumente referidos como Pontos de Distribuição Ótico (PDO), estando os procedimentos de instalação devidamente explicados e discriminados no Manual ITED da ANACOM. Estes PDO estabelecem a ligação, por cabo, entre a casa do cliente e a central de fibra ótica.
Nos dias que correm, os prédios já são construídos com base numa estrutura que permita a passagem dos cabos pelo interior das paredes, estando os PDO situados no interior do edifício e identificados como caixas ITED (Infraestruturas de Telecomunicações em Edifícios).
Existem limitações na escolha de fibra ótica?
Para um cliente que tenha contratado um serviço de fibra ótica e que pretenda mudar de operadora, existem três principais motivos que podem limitar este processo:
Pode ainda não existir cobertura de fibra ótica na área onde habitas, sobretudo no que diz respeito a zonas rurais. Neste tipo de localidades, pode existir, em alternativa, cobertura de fibra rural por parte da Vodafone;
Pode haver fibra ótica já instalada, mas o PDO pode ainda não estar a ser explorado. Dependendo dos casos, os PDOs podem levar algum tempo até serem ativados;
A operadora para a qual pretendes mudar pode não ter possibilidade de oferecer esse serviço nesse endereço em específico. Um exemplo é a NOWO que, apesar de oferecer um serviço promissor em termos de inovação, qualidade e custo, ainda se encontra em desvantagem quanto à cobertura de fibra ótica oferecida.
Se o teu caso não for nenhum dos apresentados, o processo será, à partida, simples. Mas continua a impor-se a questão:
Os cabos utilizados são os mesmos?
Se o teu prédio for antigo, a resposta é não – cada operadora dispõe dos seus próprios cabos e, se já estiver a prestar serviço de fibra ótica a outras casas da vizinhança, os técnicos simplesmente retiram o cabo que corresponde à tua casa do PDO da tua antiga operadora para de seguida o colocarem no PDO da nova operadora.
Já nos prédios mais recentes, que dispõem de uma caixa ITED, não é necessária qualquer intervenção em termos de troca de cabos. Esta substituição é feita numa outra caixa, designada por ITUR (Infraestruturas de Telecomunicações em Loteamentos, Urbanizações e Conjuntos de Edifícios), e que se encontra na parte exterior do edifício.
De resto, em ambos os casos, em termos de alterações a fazer dentro de casa basta apenas trocares a box da televisão e o router da internet pelos da nova operadora.