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Os depósitos a prazo em Portugal atingiram níveis históricos em 2024, superando os 70 mil milhões de euros, apesar da tendência de queda nas taxas de juro observada ao longo do ano.
Segundo dados do Banco de Portugal, o montante total dos depósitos a prazo cresceu 3,5% em 2024, em comparação com o ano anterior. Esta subida, no entanto, ocorre num contexto de redução das taxas de juro oferecidas pelos bancos, que caíram para uma média de 2,5% no final do ano, comparado com os 3,2% registados em 2023.
Distribuição dos Depósitos a Prazo por Prazo de Vencimento
Depósitos até 1 ano (97% do total): A taxa de juro média dos depósitos com prazos até 1 ano foi de 2,18% em dezembro de 2024, uma queda significativa em relação aos 3,10% registados em dezembro de 2023.
Depósitos de 1 a 2 anos (3% do total): A taxa média destes depósitos caiu para 1,76% no final de 2024, uma diminuição de 0,88 pontos percentuais em comparação com 2023.
Depósitos superiores a 2 anos (0,5% do total): Os depósitos com prazos superiores a 2 anos registaram uma taxa média de 1,25%, uma queda de 0,92 pontos percentuais em relação ao ano anterior.
A diminuição das taxas de juro reflete a estratégia dos bancos para acompanhar a política monetária do BCE, que tem vindo a reduzir as taxas de referência. Embora os depósitos a prazo tenham continuado a atrair poupança, a rentabilidade tem vindo a diminuir.
Para 2025, especialistas indicam que, embora as taxas de juro possam estabilizar, os bancos provavelmente manterão as condições de depósito a prazo mais baixas, incentivando os clientes a aceitar compromissos mais longos para tentar garantir melhores remunerações. No entanto, as condições macroeconómicas, como a inflação, continuarão a ser fatores chave que afetarão o rendimento real dos depósitos.
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