Será uma boa ideia conectar-me à internet por satélite?

A conexão à internet é hoje indispensável, em ambientes urbanos ou rurais. Mas nem em todos os lugares existe conexão confiável e segura.

Eurona: internet por satélite compensa?

Esta opção costuma ser mais bem recebida em zonas rurais, onde o ADSL está em retirada e muitas empresas não instalam fibra por questões logísticas.

A conexão à internet é indispensável nos dias de hoje. Seja em ambientes urbanos ou rurais, a população exige uma conexão confiável e segura para tuas tarefas diárias, tanto em casa quanto no trabalho. E embora existam várias opções para que os clientes possam escolher, nem todas se adaptam melhor às suas respetivas necessidades. Na verdade, algumas nem estão disponíveis em todos os lugares.

Nesse sentido, conectar-me à internet por satélite é uma boa ideia?

Comecemos pelo básico: a internet via satélite é, como o nome sugere, um sistema de conexão à internet através da ligação com satélites que estão no espaço. É utilizada de forma sem fio, não requer uma linha telefónica, o que facilita a sua instalação em pontos distantes das grandes cidades e áreas urbanas. Apenas com a instalação da antena, já nos podemos conectar por Wi-Fi a qualquer dispositivo que necessite de internet.

Possibilidade para zonas remotas

Entre as suas vantagens, destaca-se a que é uma opção ideal para áreas remotas onde não chegam as linhas de cabo convencionais. Por exemplo, a conexão ADSL está em franca retirada, e em muitas zonas as empresas tradicionais não chegam por questões logísticas.

A internet via satélite, por sua vez, oferece uma velocidade de conexão estável e de alta qualidade, com velocidades de até 200 Mbps em muitos dos casos.

Opção no coração da cidade

Na cidade, por outro lado, pode-se constituir um sistema alternativo aos habituais, para assim evitar estrangulamentos devido à saturação das linhas convencionais com uma largura de banda limitada. Também pode ser uma solução de backup para conexões críticas, sendo um sistema de internet totalmente independente.

Esta alternativa reduz a lacuna digital, que continua a atuar como um travão para o progresso económico e social dos países. De facto, segundo o Relatório Banda Larga Fixa: Conectividade na Métrica da OCDE, elaborado pela consultora The Competitive Intelligence Unit, 18,7% da população portuguesa, quase dois milhões de pessoas, não possuem acesso à Internet de 100 Mbps. Essa realidade não afeta apenas os particulares, mas também as pequenas e médias empresas.

Segundo as estatísticas, Portugal é um dos países com melhores frequências na faixa de velocidades a partir de 100 Mbps, similares às da Espanha e apenas atrás da Suécia e Bélgica na Europa. Esse contexto de oportunidade para a penetração da internet via satélite ocorre em paralelo ao Plano Nacional de Recuperação e Resiliência (PRR) desenvolvido pelo governo português, que destinará 15% desses fundos, um total de 2.460 milhões de euros, à transição digital.

No nível de detalhe técnico, este sistema de internet funciona recebendo um sinal de dados do satélite (preferencialmente bandas KA ou KU), dependendo da tecnologia que queremos utilizar e mais nos interesse, seja por orientação ou por largura de banda a utilizar.


Vanessa Cota Fernandez
Vanessa Cota Fernández
Directora de Negocio Eurona Personas (B2C)