Mapa de prestações mensais: porque e como posso fazer?

Não sabes a quantas andas com os teus empréstimos? Neste artigo, poderás fazer o download de um mapa de prestações mensais e ficar a saber quanto pagas de juros em cada mês.

Mapa de prestações mensais

Supõe que tens um empréstimo que contraíste para comprar um carro, fazer obras em casa ou até pagar as tuas férias de sonho, mas já perdeste o fio à meada no pagamento. Já não sabes quanto amortizaste, quanto te falta pagar de juros… Elaborámos um mapa de prestações mensais para que possas fazer todos estes cálculos e estejas sempre organizado com as tuas contas mensais.

Como não perder o fio à meada?

A prestação mensal de um crédito corresponde ao valor que se pagará todos os meses durante o período de reembolso do dinheiro que foi emprestado pela instituição financeira. Este montante é composto por dois elementos: capital e juros.

Organizar-te bem nas prestações mensais que ainda te faltam para liquidar um empréstimo na totalidade é meio caminho andado para organizares as tuas poupanças e para planear a gestão do teu dinheiro da melhor forma. Por isso, um mapa de prestações mensais acaba por ser uma ferramenta ideal de finanças pessoais.

Como usar o mapa de prestações mensais?

Para dar uso à calculadora das mensalidades, apenas precisas de preencher três campos:

  • Taxa Anual Efetiva Global (TAEG): é a taxa de juro do empréstimo que, para além de incluir os encargos com juros, comissões bancárias e despesas processuais, engloba ainda os custos dos seguros associados ao empréstimo;

  • Montante em dívida: corresponde ao valor que pediste emprestado;

  • Número de prestações em falta: diz respeito ao prazo do empréstimo (que deve ser indicado em meses).

Mediante a indicação destes três números, é calculada uma prestação para cada mês, que será o somatório dos juros e do capital. Poderás ainda visualizar qual o capital que ainda tens em dívida após o pagamento de determinada prestação.

Usa a TAEG como medida para comparar propostas de crédito

A TAEG contém, para além dos juros associados ao empréstimo, todos os outros encargos. No entanto, nota que, para fazer uma comparação realmente fiável, os créditos devem ter o mesmo prazo, montante e modalidade de reembolso.

É essencial calculares a taxa de esforço

Sempre que solicitares financiamento para realizar os teus sonhos – seja a casa de praia no Algarve, o mais recente modelo de Smart para estacionar facilmente em Lisboa ou até o valor necessário para remodelar a cozinha que já tem 15 anos e está mesmo a precisar –, primeiro que tudo deves ter em consideração a tua taxa de esforço.

Este conceito corresponde à percentagem do rendimento familiar destinada ao pagamento das prestações de créditos, calculando-se facilmente:

Fórmula da taxa de esforço:

(Encargos mensais com empréstimos / Rendimento líquido mensal do agregado familiar) x 100.

Esta conta terá como resultado uma percentagem que será a tua taxa de esforço, sendo que esta não deve ser superior a 30% do teu rendimento total. Quanto maior for, maior o risco de endividamento.

Se as prestações são muitas, pondera consolidar

Já tens prestações mensais de três ou quatro empréstimos e estas já são suficientes para pressionar a tua taxa de esforço muito acima da barreira dos 30%?

Perante esta situação, existe a possibilidade de recorrer a uma consolidação de créditos, que agrega todas as dívidas que possuis, dispersas por vários bancos, numa só prestação mensal que pode baixar até 60%, sendo que terás mais tempo para a liquidar.

Portanto, sempre que quiseres perceber em que ponto está o teu empréstimo (e a tua carteira), basta atualizar o ficheiro e fazer contas à vida. A prestação mensal de um crédito é um encargo que pode ter muito impacto nas tuas finanças pessoais, por isso quanto mais cedo planeares e tiveres uma visão de longo prazo, melhor.

Atenção às taxas variáveis

À partida, um crédito pessoal terá uma taxa fixa. Porém, não podemos deixar de chamar a atenção para as taxas variáveis que normalmente se aplicam aos empréstimos habitação – indexados à EURIBOR – e que podem influenciar muito a taxa de esforço, pois a sua subida ou descida não é previsível para o consumidor.

Nalguns casos pode compensar solicitar um crédito habitação com taxa fixa, dependendo do prazo escolhido e do montante do financiamento.

Nem sempre isto é uma regra geral, mas, se tiveres poupanças generosas de parte, considera amortizar o teu empréstimo na totalidade (se possível) ou até parcialmente (pois pode tirar-te um grande peso de cima).


Susana Pedro
Susana Pedro
Content Writer