Esta descida acentuada surpreendeu analistas e trouxe algum alívio para as famílias portuguesas com empréstimos indexados a estas taxas.
Em particular, as taxas Euribor a seis e 12 meses, que são as mais utilizadas em contratos de crédito à habitação, viram reduções significativas. A Euribor a seis meses, que é a taxa mais comum, recuou consideravelmente, enquanto a Euribor a 12 meses também seguiu a tendência, embora com uma ligeira diferença na magnitude da queda.
Este movimento é visto como uma resposta às expectativas dos mercados sobre possíveis ajustes na política monetária do Banco Central Europeu (BCE). Com a inflação na zona euro a dar sinais de desaceleração e a economia a enfrentar desafios, os investidores começaram a antecipar uma pausa ou até uma inversão no ciclo de aumentos das taxas de juro por parte do BCE. Essa expectativa influenciou diretamente a descida das taxas Euribor, que refletem as condições de empréstimo interbancário na zona euro.
Para os consumidores, esta queda nas taxas Euribor pode traduzir-se em prestações mensais mais baixas nos contratos de crédito à habitação, dependendo do período de revisão do contrato. No entanto, os especialistas alertam que é ainda cedo para determinar se esta tendência de queda se manterá a longo prazo ou se estamos a assistir a um ajustamento temporário nos mercados.