Este aumento reflete o impacto das políticas monetárias do Banco Central Europeu (BCE), que tem vindo a elevar as taxas de juro para combater a inflação persistente na zona euro.
Com as taxas de juro em alta, os custos de financiamento para a compra de casa tornaram-se significativamente mais onerosos para as famílias portuguesas. Esta tendência tem levado a uma diminuição na acessibilidade da habitação, com muitos compradores a reconsiderarem as suas decisões de aquisição ou a optarem por imóveis de menor valor para se ajustarem aos novos encargos mensais.
O aumento das taxas de juro tem sido uma resposta direta à necessidade de controlar a inflação, que continua a ser uma preocupação central na política económica europeia. No entanto, esta medida tem gerado desafios adicionais para o mercado imobiliário, com uma redução no número de transações e uma maior dificuldade para os novos compradores, especialmente os jovens e aqueles com rendimentos médios.
O crescimento das taxas de juro também está a ter um efeito cascata no mercado de arrendamento, onde muitos proprietários estão a aumentar as rendas para compensar os custos adicionais dos seus próprios financiamentos. Esta situação está a agravar ainda mais o problema da acessibilidade habitacional, numa altura em que a oferta de habitação a preços acessíveis já é limitada.