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De acordo com os dados mais recentes, os preços das casas subiram 104% entre 2013 e 2023, o que coloca o país no topo do ranking das nações da União Europeia com o maior crescimento neste setor.
Este crescimento acentuado contrasta com a média europeia, que registou um aumento de 47% no mesmo período, revelando a especificidade do mercado imobiliário português. Entre os países que mais se aproximam de Portugal nesta subida, destacam-se a Hungria, com um crescimento de 99%, a República Checa com 95%, e a Estónia com 92%. No extremo oposto, países como a Grécia registaram uma queda nos preços das habitações, verificando-se uma descida de 14% ao longo da última década.
Este fenómeno em Portugal reflete uma combinação de fatores, incluindo o aumento da procura por parte de estrangeiros e a falta de oferta habitacional. Adicionalmente, políticas como os programas de vistos "gold" e o regime fiscal para residentes não habituais atraíram um grande número de investidores internacionais, contribuindo para a escalada dos preços, sobretudo em grandes centros urbanos como Lisboa e Porto.
A subida dos preços das habitações tem gerado preocupação entre especialistas e economistas, que alertam para os desafios crescentes no acesso à habitação, especialmente para os jovens e as classes médias.
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