Este crescimento será impulsionado principalmente pelo aumento das contribuições provenientes do IRS e do IVA, os dois principais motores da arrecadação fiscal. De acordo com os dados revelados, espera-se que o IRS continue a desempenhar um papel central no crescimento das receitas, refletindo a dinâmica positiva do mercado de trabalho, com mais pessoas empregadas e salários em ligeira recuperação.
O IVA, por sua vez, deverá beneficiar do aumento do consumo interno, com o governo a projetar uma estabilização da inflação e uma recuperação gradual do poder de compra dos consumidores.
Outro contributo relevante deverá vir do IRC, o imposto sobre os rendimentos das empresas. Com a economia a mostrar sinais de recuperação após os choques recentes, como a pandemia e a guerra na Ucrânia, o Governo antecipa um aumento da atividade empresarial e dos lucros, o que se traduzirá em mais receita proveniente das empresas.
O Executivo ressalva, contudo, que as previsões são cautelosas, uma vez que o contexto económico internacional ainda é incerto. A evolução dos preços da energia, a política monetária do Banco Central Europeu e o impacto das tensões geopolíticas são fatores que podem influenciar tanto a economia nacional como a capacidade de gerar receita fiscal.
Embora o aumento da receita seja visto como um sinal positivo para a saúde das finanças públicas, há também preocupações sobre o impacto de uma carga fiscal elevada para as famílias e empresas. Especialistas têm alertado para a necessidade de equilibrar o crescimento da receita com medidas que não penalizem o poder de compra das famílias nem a competitividade das empresas.