Este é o valor mais elevado alcançado em quase meio século, marcando um avanço significativo na transição para uma matriz energética mais sustentável.
Os dados foram divulgados recentemente e revelam que, entre janeiro e junho, as energias renováveis superaram de forma expressiva as fontes convencionais, posicionando-se como a principal origem da eletricidade consumida no país. A produção hídrica foi a mais relevante, representando 34% do total, enquanto a eólica e a solar também tiveram desempenhos sólidos, contribuindo com 27% e 9%, respetivamente.
Este resultado reflete o empenho contínuo de Portugal em reduzir a sua dependência de combustíveis fósseis e em cumprir as metas ambientais estabelecidas tanto a nível nacional quanto europeu. Desde o início do milénio, o país tem vindo a investir fortemente em infraestruturas renováveis, como parques eólicos e solares, e na modernização das suas barragens, o que permitiu este progresso notável.
Apesar das conquistas, o setor enfrenta alguns desafios. A variabilidade das condições climáticas pode impactar a estabilidade da produção de energia hídrica e eólica, sendo necessário complementar estas fontes com alternativas mais fiáveis em momentos de menor disponibilidade. Neste contexto, a energia solar tem ganhado terreno, beneficiando da forte exposição solar de Portugal e de investimentos em novas instalações fotovoltaicas.