Existem três tipos de depósitos a prazo: os simples, os estruturados e ainda os duais.
A maior parte dos depósitos a prazo comercializados pela banca portuguesa são da categoria “simples”, o que significa que são remunerados com uma taxa de juro variável ou com uma taxa de juro fixa. Enquanto que nestes últimos o valor da taxa de juro mantém-se inalterado desde o início até ao fim do prazo, já os depósitos com taxa de juro variável, por sua vez, encontram-se indexados, o que significa que a sua remuneração está dependente de um indexante (como a EURIBOR, por exemplo) que oscila ao sabor do mercado.
Porém, dentro dos depósitos simples ainda é possível encontrar outras variações:
- Depósitos com taxas crescentes – que aplicam diferentes taxas fixas em determinados períodos ao longo do prazo do depósito;
- Depósitos com spread variável.
Por seu turno, os depósitos estruturados possuem uma remuneração dependente da evolução de determinadas variáveis financeiras para além da taxa de juro, tais como os valores de variados índices acionistas ou o preço de uma ação ou de um cabaz de ações. Estes depósitos são mais complexos do que os simples, pelo que, ao contratar um desta natureza, o cliente bancário deve sobretudo analisar cuidadosamente toda a informação sobre o mesmo, nomeadamente:
- O prazo;
- A fórmula de cálculo da remuneração;
- Existência ou não de um capital mínimo garantido;
- Possibilidade de mobilização antecipada e respetivas penalizações (se existirem).
Por último, os depósitos duais caraterizam-se pelo facto de abrangerem, no mesmo produto, dois ou mais depósitos simples e/ou indexados, podendo atingir um nível de complexidade elevado.
Caraterizados os tipos de depósitos a prazo existentes, a escolha por um em detrimento de outro dependerá inevitavelmente do nível de risco que o consumidor está disposto a assumir. Um depósito a prazo mais rentável terá naturalmente mais riscos.
Para os consumidores que preferem sobretudo ter o seu capital garantido, podem optar por estas soluções que conferem uma proteção acrescida:
- Adicionar um segundo titular à conta a prazo (dado que o Fundo de Garantia de Depósitos cobre o montante por titular);
- Para quem pode depositar mais de 100.000€, a melhor opção centra-se em diluir o risco ao aplicar o dinheiro em vários depósitos a prazo diferentes e não tudo num só.