Sabias que as instituições podem devolver-te o seguro de vida? Se alguma vez fizeste um crédito pessoal, um cartão de crédito, compraste um carro, ou se eventualmente pensas que um dia vais precisar, lê este artigo até ao fim, pois pode fazer-te poupar algumas centenas de euros.
No que consiste um seguro de vida?
O seguro de vida é o que mais vezes está associado aos pedidos de crédito e permite assegurar o pagamento do crédito no caso de morte ou invalidez. É normalmente exigido para pedidos de crédito habitação, mas pode ser igualmente pedido para crédito pessoal e cartões de crédito. Conhece aqui as vantagens dos cartões de crédito com seguros associados
Pode ser subscrito entre os 18 e os 74 anos, sendo que o valor do capital seguro varia em função do montante do crédito.
Relativamente ao processo do empréstimo, o seguro de vida é um contrato feito à parte durante o qual, se acontecer alguma fatalidade e o seguro fosse acionado, a seguradora em questão pagaria o montante do crédito em falta ao banco ou aos herdeiros.
Mas esteja atento às exclusões. No caso de morte ou acidente por suicídio, consumo de álcool ou estupefacientes, participação em atos criminosos, acidente em competições desportivas de velocidade, acidente de aviação não comercial, terrorismo, guerra ou catástrofes naturais pode não existir pagamento da prestação do crédito pessoal.
Seguros de vida que perduram
Como é exposto num artigo do Expresso, podem existir casos em que, mesmo após o crédito pessoal estar totalmente pago, o seguro de vida continua ativo:
“Tínhamos um crédito ao consumo que liquidámos há cerca de 3 meses. No entanto, o seguro de vida ainda estava em vigor, e vigorava até 2019! Hoje contactámos a seguradora e ficámos a saber que o valor do estorno (Reembolso de prémio ao Tomador do Seguro, por pagamento indevido, anulação ou redução de capitais e coberturas) é superior a 1.000 euros.”
Como este, existem muitos outros casos idênticos, nos quais os empréstimos já estão pagos mas os seguros de vida vigoram, e às vezes com valores elevados. Muitas vezes, as instituições financeiras só fazem o empréstimo se o cliente contratar um seguro de vida no valor em dívida. Regra geral, é sugerido que esse valor se dissemine pelas prestações mensais do crédito.
Num crédito pessoal de 20 mil euros, por exemplo, um seguro de vida pode fazer aumentar o valor total do empréstimo a praticamente 2 mil euros.
Mas… Como consigo recuperar o dinheiro do seguro de vida?
As seguradoras apenas calculam o estorno a partir do momento do pedido de anulação do seguro e não aquando da liquidação do crédito. Ou seja, se fizeres o pedido com antecedência, vais poupar umas boas centenas de euros.
Em resumo: se liquidares o crédito pessoal antes do prazo previsto, venderes o carro antes de acabares de o pagar, alterares a titularidade, tiveres uma perda total ou abateres o veículo antes de pagares a totalidade do crédito automóvel, podes e deves pedir o estorno do seguro de vida.
Podes, de facto, vir a ter uma surpresa agradável…
No crédito à habitação, desde 2009 que os seguros de vida acompanham automaticamente o valor em dívida ao banco. No caso do crédito pessoal, é diferente, pois neste caso o seguro não baixa consoante o que fores pagando.
Se acontecer conseguires pagar o empréstimo antecipadamente, tens de ser tu a dizer que pretendes cancelar o seguro e pedir que realizem o estorno.
Portanto, se estiveres a pensar fazer um crédito pessoal, faz bem as contas. Por muito que as instituições financeiras prometam juros mais baixos, é provável que acabes por pagar esse desconto no seguro de vida.
Na hora de comparares e escolheres a melhor solução para ti, faz sempre as contas à soma do empréstimo com o seguro de vida, abertura do processo e as comissões todas. Só assim podes comparar para escolher o crédito mais competitivo.