O spread é uma parcela do montante que pagas todos os meses ao banco pela casa, e consiste na margem de lucro que o banco obtém por te emprestar dinheiro. É, assim, livremente definido pela entidade bancária, e não se encontra dependente de fatores financeiros externos. Por isso, trata-se de um valor que o banco pode gerir de forma autónoma.
Tenta reduzir esta parcela para, consequentemente, diminuir também o valor da tua prestação mensal. Contudo, antes de avançar com esta proposta ao teu banco, compara os spreads praticados por outras entidades de financiamento, para ter uma noção mais completa das condições atuais do mercado e até onde pode ir.
Podes também avaliar, junto do teu banco, se vale a pena mudar para taxa fixa. Com este tipo de taxa, ficas imune às oscilações da Euribor; o valor da taxa, como o próprio nome indica, é sempre o mesmo. Assim, quando a Euribor subir ou descer, a tua taxa mantém-se inalterável.
É certo que não ficas prejudicado com a subida da Euribor, mas também não beneficias quando desce. Além disso, as taxas fixas são sempre mais elevadas do que as variáveis, é o preço da estabilidade.
Por isso, avalia cuidadosamente e faz simulações antes de proceder a uma eventual mudança no contrato. Tem a certeza de que o valor que vais pagar pela taxa fixa compensa o valor da taxa variável, agora aumentado pela subida da Euribor.
Verifica se poderás poupar mais com o seguro de vida associado ao seu Crédito Habitação se o contratares fora do banco. Esta também é uma parcela do valor total que pagas ao banco, e que não se encontra dependente da economia europeia.
Faz uma pesquisa de mercado sobre as condições praticadas pela concorrência, e verifica se serão mais vantajosas para o teu caso. Contudo, tem em mente que o facto de teres subscrito um seguro de vida na mesma entidade onde contrataste um Crédito Habitação pode ter originado outros benefícios, como um spread mais convidativo.
Assim, nas tuas contas finais, verifica se um seguro de vida mais barato compensa a perda desse ou de outro benefício acordado no início.
Também poderás considerar a opção de transferir o seu Crédito Habitação para outro banco. Tudo depende de quem oferece as melhores condições. Assim, analisa a concorrência e pede propostas a outras instituições financeiras.
Verifica se propõem um spread mais confortável para o teu orçamento familiar e compara as propostas através da TAEG, optando pela menor. Se encontrares um Crédito Habitação mais ajustado a ti, podes fazer a transferência e, assim, reduzir a prestação mensal.
Poderás tomar esta decisão a qualquer momento, tendo, todavia, de avisar o banco com 10 dias de antecedência e, à semelhança do ocorrido com o primeiro crédito, apresentar todos os documentos necessários à contratação.
Se as tuas poupanças assim o permitirem, considere amortizar parcialmente a dívida, ou seja, liquidar antecipadamente uma fração do crédito (sem, contudo, recorreres ao teu fundo de emergência). Desta forma, consegues reduzir o capital em dívida e, por consequência, a prestação mensal.
Tem em conta que esta ação também pode ter um custo. Regra geral, os bancos aplicam uma penalização, calculada com base numa percentagem do capital amortizado. Por isso, é importante perceber se o que vai pagar pela amortização compensa a redução da mensalidade que vai obter.
Se tens vários créditos em simultâneo, provavelmente estarás a pagar a entidades diferentes com condições diferentes. Neste caso, consolidar créditos pode ser uma boa opção.
Juntando todos os teus créditos num só, vais obter melhores condições e uma única prestação mensal mais baixa. Habitualmente, a taxa de juro de um crédito consolidado é mais baixa do que a média das taxas de juro de cada crédito que detém.
Esta vantagem decorre de um prazo de pagamento mais longo. Contudo, pode ser mais vantajoso pagar durante mais tempo quando isso representa mais liquidez todos os meses para suportar os efeitos da subida da Euribor.